Relações literárias: Discusión dirixida (II): "(Carlos) Por ocasião da apresentação da nova ortografia do espanhol (como vemos, também tem modificações normativas), o presidente da Academ..."
(Susana)
É curioso constatar que a opinión que amosa aquí a nosa compañeira Alba en contra do encorsetamento da lingua galega en estériles normativas, e polo que parece, a favor do lusismo, xa foi defendida hai uns cuantos anos (1986) polo mismísimo Ricardo Carvalho Calero.
O artigo que vos presento para a leitura pausada, ainda que sesudo, é de muito interese pois fai parte dun discurso pronunciado na clausura duns encontros sobre o "Estado actual da Normalizaçom Lingüística" en Santiago de Compostela en 1986.
Nel fai unha valoración do recentemente promulgado decreto de Normalización lingüística de 1983 (coñecido como Decreto Filgueira) con afirmacións como esta:
"O estado -ou seja, a administración autónoma- non pode registar a realidade social, nom totalitariamente modelála (...), o poder político tem que ser imparcial, e nom pode apresentar-se como beligerante nem como juiz, mas como notário que regista o resultado do debate".
Mas adiante, continúa cunha análise dos problemas da lingua galega e fala do mesmo que fala a nosa compañeira Alba, a consideración do castelán como lingua a e o galego como lingua B e do proceso de castelanización da nosa lingua, amosándose pesimista sobre que a normalización poda frear ese proceso:
"O proceso de castelhanizaçom do galego prosseguiria inexoravelmente, ainda que umha artificiosa montage administrativa sustenha por mais ou menos tempo e em mais ou menos caracterizados níveis a fala minoritária".
O que realmente preocupa a Ricardo Carvalho Calero, e o que inspira a súa participación na clausura deses encontros, é: "melhorar a situaçom do galego. Esta é crítica encanto está en perigo de desnaturalizaçom e arrincoamento como conseqüencia de uma deformada image de sua essência (...) a velha tendència centralista segundo a cal o estado espanhol devia exprimir-se numa só lingua oficial, a lingua espanhola".
Cal é a solución entón? pois o autor atópaa en Portugal cando dí:
"Mas no caso do galego, pola sua expansom, é semelhante ao do castelhano. Umha política repressiva franco-espanhola pode sonhar com reduzir a zero o uso do eusquera e o catalám. Mas se essa classe de política —pura hipótese— reduzisse a zero o uso da nossa língua na nossa terra, o nosso sistema lingüístico subsistiria nas formas adoptadas nos territórios que o galego culturalmente colonizou. Pois, como dizia Castelao, «o galego é um idioma extenso e útil, porque com pequenas variantes se fala em Brasil, em Portugal e nas colónias portuguesas». Assi, as circuntâncias favoráveis objectivamente à subsistência do galego, só admitem parangom coas do castelhano, e nom coas do eusquera e o catalám polo que se refere à expansom e número de utentes dos sistemas respectivos; e unicamente a deixaçom dos galegos poderia ser causa de que o galego fosse suplantado polo castelhano numha parte do território em que se formou. Umha parte só, porque o galego se formou a ambas as beiras do Minho.
O nosso é, pois, um dos grandes idiomas de cultura, o segundo em volume de falantes dentro das línguas românicas, e assi como as distintas formas, peninsulares e extrapeninsulares, do castelhano, que som muitas e mui variadas, mantenhem a sua unidade sistemática e intercambiam influências e experiências, assi o galego, por razons de economia histórica e social, há aproveitar os logros das demais normas do complexo hispânico de que é torgo, e manter a identidade essencial dentro do mesmo e coas demais realizaçons do mesmo, evitando inúteis ou custosas arbitrariedades nas soluçons dos seus problemas cando outras formas do sistema lhe dam feitas e consolidadas as que por coerência, harmonia e economia lhe conferem craveira do idioma internacional."
E máis adiante dí:
"Mas toda esta política, a de manter o galego como língua competitiva e rendível, supom a negaçom de um galego burocrático, de um código lingüístico corânico orientado polo receio às osmoses que o nosso idioma pode suster com relaçom a ramos do mesmo tronco que hoje se sustentam sobre terras nom submetidas à mesma soberania estatal. Nom podemos os galeguistas compartillar esses receios. As palavras, como os paxaros, voam por riba das fronteiras, e as línguas nom se constrangem aos limites administrativos, de resto sujeitos a possíveis variaçons. Fala-se o catalám em territórios politicamente espanhóis, franceses, andorranos e italianos. Renunciamos a formular o censo de unidades políticas em que o castelhano, nas suas diversas formas, é língua oficial ou comum."
Ainda que é un bocado longo e sesudo, recomendo a súa leitura en:
http://bvg.udc.es/ficha_obra.jsp?id=Sipreorf1&alias=Ricardo+Carvalho+Calero&
Saúdos
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